sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Criança que bate a cabeça pode dormir em seguida?



Ana Luiza como todos os bebês de sua idade,(1 ano e 7 meses) adora explorar tudo, não tem medo de nada, nem tem noção ainda. Sobe em tudo, esta terrível, não pode ficar um instante sozinha. Apesar de ser uma atitude saudável querer explorar tudo, mora ali o perigo dos acidentes, quando não esta sendo vigiada. 
E como ela é rápida, cada mês mais ágil e esperta. Hoje mesmo ela estava na mesa comendo e caiu no chão, batendo a cabeça. E agora, o que fazer?? Para ajudar as mães que como eu estão aprendendo sobre seus bebês, resolvi pesquisar sobre o assunto, e na próxima vez saber agir....rsrsrs Espero poder ajudar.

Matéria do Site ABC do Bebê

Lesões na cabeça

Uma queda de cabeça é um acidente frequente nas crianças, em especial nas que começam a rebolar-se, acabando mesmo por cair da cama.
Apesar do aparato da queda, raramente esta é grave ao ponto de provocar ferimentos ou concussões, um distúrbio temporário da função cerebral muitas vezes de curta duração, que não é visível, mas pode ser perigoso. Mais aparatosos mas menos graves são os golpes na testa ou no couro cabeludo que têm tendência para sangrar abundantemente.
 
Se depois de uma queda de cabeça a criança deixa de chorar ao fim de quinze minutos, recuperando a cor normal e não vomita, há poucas probabilidade de que o cérebro tenha sido atingido. O vómito pode surgir se a criança caiu depois de comer e o susto foi grande, sem que isso signifique danos.
 
Numa queda mais grave é normal que a criança vomite, perca o apetite, fique pálida durante algumas horas, sinta dores e tenha tendência para adormecer embora acorde ao mínimo ruído. Se a criança tiver um ou outro destes sintomas, deve chamar o médico ou seguir para o hospital, onde possivelmente lhe será feita uma radiografia ao crânio.
 
Neste caso, a criança deve ficar o mais quieta possível e o médico deve ser avisado imediatamente se algum novo sintoma se fizer sentir. É aconselhável acordar a criança algumas vezes durante a noite que se segue à queda para verificar se não está inconsciente, mantendo a vigilância por 24 horas.
 
Quando a criança ficar inconsciente após a queda ou mais tarde, deve ser vista por um médico, sendo o mesmo aconselhado quando a criança não fica inconsciente mas continua a queixar-se de dores de cabeça, perturbações da vista ou quando vomita pouco depois do acidente.
 
A forma mais grave de lesão é a concussão, provocada quando a pancada leva o cérebro a bater contra o crânio ósseo e que pode causar rompimento das fibras nervosas e estiramento ou ruptura de vasos sanguíneos.
 
A perda da consciência não é sintoma necessário da concussão. Verifique se a criança que bateu a cabeça apresenta olhar vago, fala pastosa, confusão, amnésia, dificuldades de coordenação, náuseas, respiração ofegante quando normalmente não o faz ou apresenta um corrimento ensanguentado do nariz ou ouvidos e aversão à luz intensa. No caso de suspeitar de concussão, leve o seu filho imediatamente ao médico.
 
Depois de uma pancada na cabeça encoste à pisadura um pano embebido em água muito fria ou embrulhado com gelo, para evitar o inchaço. Deve examinar constantemente a pele e retire o pano se verificar que se está a formar uma mancha vermelha com um centro esbranquiçado e brilhante. Se o ferimento estiver a sangrar aplique um pano limpo sobre a ferida e pressione durante alguns minutos.
 
Depois de uma queda forte a criança pode apresentar um corrimento fluido claro e ensanguentado proveniente do nariz ou dos ouvidos. Coloque a criança com o rosto deitado sobre um pano, com um braço erguido e outro ao longo do corpo. Deixe correr à vontade e não o tente estancar.
 
Na primeira vez que a criança cai é natural que o progenitor que se encontrava por perto sofra de complexos de culpa por algum tempo, pelo facto de ter permitido que tal acontece-se. No entanto, uma criança permanentemente vigiada, que nunca sofre acidentes, está apenas a ser super-protegida, o que a levará a ficar demasiado dependente da família, destruindo a sua personalidade.

Assita também este vídeo do programa que passa na GNT Mae e Cia.
Vídeo Mae e Cia da Gnt

Feliz Ano Novo

De repente num momento fugaz,
os fogos de artifício anunciam
que o ano novo está presente
e o ano velho ficou para trás.

De repente, num instante fugaz,
as taças se cruzam
e o champagne borbulhante anuncia que o ano velho se foi e o ano novo chegou.

De repente, os olhos se cruzam,
as mãos se entrelaçam
e os seres humanos,
num abraço caloroso,
num só pensamento,
exprimem um só desejo
e uma só aspiração:
PAZ e AMOR.

De repente , não importa a nação;
não importa a língua,
não importa a cor,
não importa a origem,
porque sendo humanos e descendentes de um só Pai,
lembramo-nos apenas de um só verbo: AMOR.

De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio,
cantamos uma só canção,
um só hino:
o da LIBERDADE.

De repente, esquecemos e lembramos do futuro venturoso,
e de como é bom VIVER.

(autor desconhecido)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Problemas técnicos

Olá, queridas mamães

Devido a problemas técnicos, não foi atualizado o blog durante alguns dias. Mas estou resolvendo tudo. Espero vocês nesse novo ano.

Muita paz, amor e saúde para todos nós!





sábado, 10 de dezembro de 2011

Resultado do Sorteio

Olá Mamães seguidoras, saiu o resultado do Sorteio. Gostaria de agradecer todas vocês por terem participado.

1
Numero gerado em dia 10/12/11 às 07:00:57  referente ao sorteio 45846
 
Fiz o sorteio pelo Sorteado Acesse para saber mais Sorteado / Sorteio número 45846
 
Vencedora do Sorteio foi a seguidora:
 
Cleo Moretti de Bagé - RS
 
Parabéns!
 
Estarei entrando em contato para enviar o Presente! Espero que você goste.



Que tipos de cuidados ter durante a gestação?


  • Fazer um bom pré-natal com seu médico de confiança.

  • Fazer exercícios sicos conforme suas condições e orientação profissional.

  • Informar-se e estar atenta aos assuntos relativos ao pré parto, parto, pós parto.

  • Fazer um curso de preparação para o parto.

  • Concentrar-se e se possível diminuir o ritmo de atividades pesadas”.

  • Aprender a ouvir sua intuição e necessidades, seu corpo e sua alma.

  • Trabalhar seus medos e angustias.

Vínculo Mamãe e Bebê


Muito antes de seu nascimento e ainda no ambiente intra-uterino, tem início a formação do vínculo entre a futura mamãe e seu bebê. Trata-se de um processo de comunicação tão complexo quanto sutil e que torna possível esta troca íntima e profunda. O vínculo é de importância vital para o feto, pois precisa se sentir desejado e amado para propiciar
a continuação harmoniosa e saudável de seu desenvolvimento.


A formação do vínculo não é automática e imediata, pelo contrário, é gradativa e, portanto, necessita de tempo, compreensão e amor para que possa existir e funcionar adequadamente. É, também, fundamental para que possa compensar os momentos de preocupações e reveses emocionais maternos e que todos nós estamos sujeitos no cotidiano.

Os conflitos emocionais da mãe são capazes de influenciar no feto ao ponto  dele começar a elaborar progressivamente técnicas de defesa como dar pontapés, mexer-se mais ativamente, e que funcionam, para a sensibilidade materna, como um envio de mensagem de que está sendo perturbado. Se houver sintonia materno-fetal, imediatamente a futura mamãe capta esta mensagem e começa a passar a mão delicadamente em seu ventre, o que é percebido e decodificado pelo feto como atitude de compreensão, carinho e proteção, portanto, como tranilizadora.

Com o decorrer do tempo, a experiência de desconforto transforma-se em emoção e tem início a formação de idéias sobre as intenções maternas em relão a si mesmo. Desta maneira, se a mãe for amorosa e tiver uma relão afetiva rica com seu bebê, contribui para que nasça uma criança confiante e segura de si. Assim também, se mães deprimidas ou ambivalentes que, por uma razão qualquer, privam o feto de seu amor e apoio, certamente favorecerão o estado depressivo e a presença de neuroses na criança e que podem ser constatados após o nascimento, pois sua personalidade foi estruturada num clima de medo e angústia.

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Como o feto capta todas as emoções maternas, as que o fazem entrar em sofrimento como a ansiedade, temor e incertezas, provocam-lhe reações mais fortes e connuas, enquanto que as de alegria e felicidade, por não alterarem o ambiente intra-uterino, permitem que seus movimentos permaneçam suaves e harmoniosos.

O feto sente o que a mãe sente, até como uma atitude de solidariedade, porém, com intensidade diferente e sem a compreensão materna. As emoções negativas são percebidas como um ataque a si próprio.

É fundamental lembrar que as preocupações passageiras e simples do cotidiano não lhe oferecem risco algum, pois sequer podem levar o organismo materno à produção de hormônios. O que o afeta e prejudica sobremodo são as situações que induzem à produção intensa e connua de hormônios, como a ansiedade materna, que pode, inclusive provocar o estresse da mãe.

Os acontecimentos graves e estressantes como perdas significativas ou situações que atingem a gestante diretamente, como brigas conjugais ou com pessoas mais próximas, são causas de grande sofrimento fetal e, muitas vezes, não há como evitá-los.

Para diminuir os efeitos nocivos ao feto, a futura mamãe deve aumentar os períodos de descanso, oferecer-lhe apoio afetivo e conversar com ele, esclarecendo-o dos acontecimentos.
Embora não haja compreensão das palavras, o feto capta o sentido do que lhe é dito e se traniliza. Assim, o vínculo mãe-bebê não é quebrado.

Assim sendo, se o vínculo materno-fetal não foi consolidado durante o período gestacional, há de se tentar nas horas e dias que sucedem ao nascimento, que é o período ideal na vida extra-uterina e, se necessário, com a ajuda de um profssional capacitado.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A paternidade muda o cérebro

Este mês saiu uma máteria interessante na Revista Mente e Cérebro, vale a pena conferir.



A paternidade muda o cérebro - Mente e Cérebro




Homens ficam mais atentos e acolhedores com a chegada do bebê

Por muitos anos os pais atuaram como coadjuvantes na educação dos filhos, assumindo a tarefa de prover o sustento, só cuidando diretamente deles em casos excepcionais, quando a mãe estava impossibilitada de dar conta dessa tarefa. Para o homem, trocar fraldas ou dar banho em seu bebê era algo atípico e até constrangedor. Mas com as transformações sociais e culturais das últimas décadas, que tornaram a presença feminina no mercado de trabalho cada vez mais forte, a divisão de tarefas dentro de casa precisou ser revista. Hoje parece distante essa época. Os homens ganharam o dever – mas também o direito – de acompanhar de perto cada etapa do desenvolvimento dos pequenos. Muitos que não tiveram um modelo paterno de maior proximidade física e afetiva precisaram descobrir (às vezes a duras penas) um novo jeito de ser pai.

Os ganhos, porém, foram inegáveis, tanto para os adultos quanto para as crianças.Hoje se sabe, por exemplo, que os homens influenciam as crianças de modo único: desempenham o papel de desafiá-las e instigá-las a desenvolver capacidades emocionais e cognitivas para enfrentar o mundo. Em um artigo de 1958, o psiquiatra britânico John Bowlby lançou uma ideia até então controversa, que ficou conhecida como teoria do apego: segundo ele, para se desenvolverem bem, todas as crianças necessitam de um relacionamento saudável e seguro com um adulto. Sua obra se atém à natureza do vínculo da criança com a mãe. No entanto, nos anos 70 surgiram os primeiros estudos realmente voltados para os pais: eles são tão capazes quanto elas de cuidar dos filhos.

“Homens estão igualmente aptos a compreender o choro de seus bebês como sinal de fome ou de cansaço e responder a essa demanda da criança”, reconhece Bowlby. Diante de um recém-nascido irrequieto, adultos de ambos os sexos têm as mesmas respostas fisiológicas: alterações na frequência cardíaca, respiração e temperatura da pele. Assim como as mulheres, homens vendados conseguem distinguir seus bebês em meio a uma fileira de outros, numa enfermaria, apenas tocando suas mãozinhas. A psicóloga Anne E. Storey e seus colegas da Universidade Memorial de New-foundland, no Canadá, descobriram recentemente que o nível de testosterona dos pais diminuiu em um terço nas primeiras semanas após seus filhos terem nascido, uma mudança que sugere que o homem fica menos agressivo e mais acolhedor nesse período.

Alguns representantes do sexo masculino podem até sofrer de depressão pós-parto: em uma avaliação de 2005 com 26 mil pais e mães, o psiquiatra Paul G. Ramchandani, da Universidade de Oxford, verificou que 4% dos homens apresentavam sintomas da patologia até oito semanas após o nascimento dos filhos.

Leia mais sobre o que acontece no cérebro de pais e mães na edição de dezembro de Mente e Cérebro, n° 227.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Quando e como iniciar o desmame?



Hoje, de um modo geral, a amamentação é vista como uma simples forma de alimentação dos bebês, sob o controle total dos adultos. Perdemos a percepção de que o aleitamento materno faz parte de um processo amplo e complexo de desenvolvimento do indivíduo, com repercussão na sua saúde física e psíquica. Assim como nenhuma criança pode começar a andar ou falar antes de estar pronta, não deveria ser desmamada antes de atingir a maturidade ideal para enfrentar este processo. O Dr. William Sears, um antigo pediatra, já fazia recomendações de acordo com essa linha de pensamento: “Não limite a duração da amamentação a um período pré-determinado. Siga os sinais do bebê. A vida é uma série de desmames, do útero, do seio, de casa para a escola, da escola para o trabalho. Quando uma criança é forçada a entrar em um estágio antes de estar pronta, corre o risco de afetar o seu desenvolvimento emocional”.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno por dois anos ou mais, devendo ser a única forma de alimentação da criança nos seis primeiros meses de vida. Ainda assim, são pouquíssimas as mães no Brasil que amamentam seus filhos por mais de dois anos. As razões para isso vão desde dificuldades práticas relacionadas à rotina diária, até a crença de que o aleitamento além do primeiro ano de vida seja danoso para a criança do ponto de vista psicológico. Para quem acha que a amamentação prolongada pode gerar problemas sexuais ou deixar as crianças muito dependentes, temos uma informação interessante: segundo diversas teorias, o período natural de aleitamento materno para a espécie humana vai de 2,5 a sete anos. Algumas mães promovem o desmame precocemente acreditando contribuir para o processo de amadurecimento de seus filhos. Entretanto, isso pode gerar insegurança, dificultando que as crianças se tornem indivíduos independentes.

O desmame pode ser classificado em quatro diferentes categorias: abrupto, planejado ou gradual, parcial e natural. Este último, que seria o processo ideal, tem iniciativa na própria criança. Normalmente acontece gradativamente, entre dois e quatro anos de idade. Em alguns casos, pode ser súbito, como em uma nova gravidez da mãe, quando o gosto e o volume do leite se alteram, mas muito dificilmente ocorre ainda no primeiro ano de vida. Alguns fatores podem fazer com que o próprio bebê promova uma “greve” na amamentação, antes de completarem um ano. Mas é importante não confundir esta situação com o desmame natural. As causas para a rejeição repentina do leite materno, que não deve durar mais de quatro dias, podem ser doenças, surgimento de dentes, alteração do sabor ou do volume do leite, excesso de mamadeira ou chupeta e estresse.

Sinais indicativos de que a criança pode estar madura para o desmame:
• Idade maior que um ano;
• Menos interesse pelas mamadas;
• Aceitação de alimentos variados;
• Aceitação de outras formas de consolo;
• Aceitação de não mamar em certas ocasiões e locais;
• Pouca ansiedade quando encorajada a não mamar;
• Preferência por outras atividades em vez de mamar;
• Segurança na relação com a mãe.

Vantagens do desmame natural:
• Transição tranquila, com menos estresse para a mãe e para a criança;
• Preenchimento das necessidades da criança até que ela atinja a maturidade suficiente para o desmame;
• Fortalecimento da relação entre mãe e filho;
• Diminuição da ansiedade materna com relação ao desenvolvimento da criança.

O desmame abrupto não é recomendável, pois pode gerar na criança um sentimento de rejeição e insegurança, causando um comportamento rebelde. Já para a mãe, a interrupção do aleitamento de forma inadequada pode ocasionar ingurgitamento mamário, bloqueio do ducto lactífero e mastite, além de tristeza e depressão por mudanças hormonais. Mas no caso de necessidade de desmame precoce, o profissional de saúde deve procurar ajudar nesse processo.

Fatores que facilitam o encorajamento do bebê para o desmame:
• Segurança da mãe em querer ou dever encerrar o aleitamento;
• Entendimento, por parte da mãe, da complexidade do processo;
• Compreensão e paciência com as reações do bebê;
• Suporte e atenção adicionais à criança neste período;
• Ausência de outras mudanças ocorrendo simultaneamente, como a retirada das fraldas;
• Processo gradual, retirando uma mamada do dia a cada semana.
As técnicas ideais para incentivar o desmame variam de acordo com a idade. Nos casos de crianças maiores, elas podem participar do planejamento para o fim do aleitamento materno. É possível propor uma data específica e até oferecer recompensas. A mãe pode passar a não oferecer o seio, ainda que não o negue quando solicitado, pode encurtar as mamadas, adiá-las quando possível e evitar certos horários e locais. Outra opção é distrair a criança substituindo as mamadas por brincadeiras e a participação do pai é importante, sempre que possível.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

10 Dicas para hora de alimentar, ninar, distrair e acalmar os pequenos


Achei super bacana esta reportagem, vale a pena ler e refletir. Espero que seja útil

Quem tem filho sabe: distrair uma criança não é tarefa fácil. Fazê-la comer, dormir ou manter a manha sob controle pode levar os pais a atitudes extremas. E, quando elas funcionam, tornam-se maus hábitos no desenvolvimento do pequeno. Mas que pai já não recorreu à televisão para fazer o bebê comer ou lançou mão da chupeta para vê-lo parar de chorar?

Muitas destas ações dos pais são desaconselhadas pelos especialistas. “Nos últimos 20 anos, as crianças têm dado a ordem em casa. Já que ficaram tanto tempo no trabalho e longes do filho, os pais não querem frustrá-lo. Esse é o grande equívoco”, diz a neuropsicóloga infantil Ana Olmos. Segundo ela, é preciso que os pais introduzam logo cedo o princípio de realidade para a criança, mostrando os motivos pelos quais uma ação deve ou não ser feita.

O UOL Comportamento consultou especialistas para saber quais são os principais erros que os pais cometem ao tentar entreter as crianças e quais as alternativas para fugir deles. Ao menos uma conclusão é certa: “Tirar da criança um hábito ruim é mais difícil do que introduzir desde cedo um comportamento certo, mesmo que este dê trabalho”, afirma a pediatra Márcia Pradella-Hallinan, do Instituto do Sono.

Veja abaixo os erros mais comuns dos pais

Na hora de comer:



Ligar a TV durante a refeição
De olho na tela, a criança tende a aceitar com mais facilidade a ordem de abrir a boca sem nem encarar a comida. Hipnotizada pelo desenho, ela engole a papinha automaticamente, desprezando textura e sabor. “Ligar a televisão na hora de comer é muito nocivo”, avisa o pediatra Paulo Roberto Pachi, da maternidade Pro Matre. Esse hábito vai influenciar o comportamento da criança pelo resto da vida, fazendo com que ela desenvolva um paladar pouco apurado. Mesmo que seja uma tentação, o recomendado é tirar o pequeno da frente da TV e enfrentar a tarefa de torná-lo ativo, não passivo, na hora da refeição. Estimule a criança a entender que alimento vai comer e sua importância para a saúde.

Oferecer a mamadeira quando ela não quer o que tem no prato
Para a pediatra Ana Escobar, do Instituto da Criança da Universidade de São Paulo (USP), esse é um dos erros mais comuns. Diante da negativa da criança em comer sua comida –e aterrorizados com a possibilidade de a criança passar fome–, os pais entregam a conhecida mamadeira, com conteúdo quentinho e doce, e ela logo se acalma. “Se os pais começarem a substituir o que precisa ser ingerido pelo que é gostoso, estão perdidos.” Ou seja, o pequeno vai entender que pode, sim, trocar a comida pelo leite. Diante da birra, Ana Escobar aconselha pulso firme. “Se não quiser comer, não come. Deixa para matar a fome depois”, recomenda. Quando o apetite bater, e ao notar que os pais não cederam, a criança vai pedir o prato de volta.

Distrair os pequenos:

Deixar a criança em frente à TV enquanto você realiza outras tarefas
Essa "babá eletrônica" está sempre pronta para entrar em ação. “Ligar a televisão e deixar a criança ali na frente não é bom. Ela não escolheu aquilo e o pai não avaliou o conteúdo”, diz Bia Rosenberg, autora do livro “A TV que seu filho vê” e consultora em entretenimento educativo. E completa: “Ainda assim, duvido que nenhum pai faça isso”. A Academia Americana de Pediatras recomenda que uma criança com mais de dois anos veja no máximo duas horas de televisão por dia. Para aquelas com menos de dois anos, o eletrônico está proibido. O recomendável é estimular atividades motoras e brincadeiras. Para os mais velhos, se inevitável, é preciso escolher os desenhos previamente, discutir o tema com a criança durante a transmissão e controlar os horários. “Se usada com sabedoria, a TV pode se tornar uma aliada”, diz Bia.

Entregar ao bebê qualquer objeto, como o celular
Parece óbvio, mas não é todo mundo que sabe: os pequenos têm de brincar com objetos apropriados para cada idade. Diante de uma criança entediada com a conversa de adultos ou sem paciência para esperar a comida no restaurante, muitos pais entregam ao filho o que têm pela frente: celular, talheres, chaves ou o guardanapo. “A reação do bebê é levar tudo à boca, o que pode quebrar um dentinho ou machucar a gengiva”, diz a odontopediatra Lucia Coutinho. Segundo ela, até cerca de um ano e meio a criança tende a pegar o que tem pela frente para aliviar o incômodo causado pela dentição. Por isso, o conselho é ter sempre à mão massageadores ou mordedores para entregar ao bebê.

Liberar o computador
Deixar este aparelho livre para que os pequenos joguem ou naveguem pela internet pode render alguns minutos de paz aos pais. Mas o correto seria o inverso: em vez de descansar, os pais devem manter-se atentos ao conteúdo e ao tempo da atividade. Para Ana Escobar, esse período de “inatividade recreacional” deve durar no máximo duas horas por dia para crianças de até 12 anos. Em paralelo, os pais precisam estimular atividades ao ar livre, exercícios e brincadeiras não eletrônicas.

Na hora de dormir

Colocar um filme para embalar o sono
A princípio, até parece um bom negócio: a criança começa a assistir o desenho e, quando o pai percebe, ela já está dormindo. Mas não é. “Por mais manso que o filminho seja, a TV deixa a criança excitada. Ela vai dormir com o ‘Teletubbies’ na retina”, diz Paulo Roberto Pachi. “E ainda condiciona a criança a dormir desse jeito”, diz Bia Rosenberg. É preciso afastar o pequeno da TV ao menos uma hora antes de ele se deitar. “A melatonina [hormônio que regula o sono] precisa do escuro para ser liberada. Se o bebê adormece vendo televisão, é por fadiga”, afirma a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinan, do Instituto do Sono. Uma luz fraca no canto do quarto está liberada.

Ninar o bebê para ele dormir mais rápido
“É um hábito nosso embalar o bebê de até um ano para que ele durma”, afirma Márcia. Mas a especialista não recomenda a prática depois dos primeiros meses. “Não é a mãe que tem de fazer a criança dormir. Ela deve adormecer por si só.” Se ninar for mesmo necessário, coloque-o no berço ainda acordado, para que adormeça sozinho. “A associação com o sono tem de ser feita com cuidado, para que os pais não virem reféns desta prática.” Uma boa sugestão é dar ao pequeno um “amiguinho de dormir” (um ursinho ou paninho), que ele possa levar a qualquer lugar. Ao pegar este objeto, ele reconhece que é hora do sono, o que o ajuda a se sentir seguro para adormecer.

Dar uma volta de carro para o pequeno adormecer
A tática é recorrente entre pais cujos filhos insistem em não dormir, mesmo depois da naninha. “Um dia, os pais percebem que a criança adormeceu no carro em movimento e usam isso como estratégia. Mas não é recomendável”, revela Márcia. Ao acordar no meio da noite, o pequeno vai pedir esses mesmos elementos para retomar o sono. E quem quer sair de madrugada para dar uma volta de carro toda vez que o bebê acordar? “Para 90% das crianças, o comportamento do sono é algo que precisa ser aprendido. É importante ter um ritual de dormir, para que ela se habitue”, diz a pediatra. Esse ritual deve ser seguido à risca, todos os dias e sempre no mesmo horário.

Parar de chorar

Oferecer a chupeta
Este acessório passa, em poucos meses, de mocinho a vilão no desenvolvimento do bebê. “Até os nove meses, ela satisfaz a criança e funciona como exercício para a boca”, diz Paulo Roberto. Ela também é sinônimo de alívio quando o filho aprende a fazer manha. Passados os nove meses, porém, a chupeta deve ser adotada com cautela. Seu uso constante altera o crescimento da arcada dentária e pode provocar mudança nos padrões da fala e da respiração. Para Lucia Coutinho, a solução é encará-la como um elemento pacificador, não como um tampão. “Use em um momento crítico, de dor ou choro, e na hora de adormecer”, diz Lucia. O aconselhável é que aos 30 meses a chupeta seja totalmente retirada.



Dar o peito sempre que o bebê chora
A reação natural da mãe, ao ouvir o choro de seu rebento, é oferecer o peito para que ele mame. “Mas peito não é chupeta”, afirma Lucia. Dependendo da idade, é preciso balancear essa oferta. “No primeiro mês de vida, o recém-nascido deve mamar quando quiser”, recomenda Paulo Roberto. “Aos seis meses, com a alimentação já consolidada, não tem mais porque fazer isso”, ele explica. Ana Escobar explica que, para evitar ter a amamentação como única alternativa ao choro, é preciso que a mãe aprenda logo cedo a identificar os motivos das lágrimas. Dessa forma, ela consegue atender à real necessidade do pequeno.

Fonte: UOL estilo
ANDRESSA ROVANI
Colaboração para o UOL
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