quinta-feira, 2 de junho de 2011

Como manter os mosquitos longe do seu filho

Como manter os mosquitos longe do seu filho
Todo pai se incomoda ao ver seu filho cheio de picadas de mosquitos. Além de uma preocupação com o conforto da criança, afastar os pernilongos é uma forma de evitar algumas doenças, como a dengue. Conversamos com especialistas e apresentamos aqui os prós e os contras dos principais métodos inseticidas e repelentes
Por Maria Luiza Lara

Tela mosqueteira
“Pais de bebês chiadores e com problemas respiratórios devem investir nas barreiras físicas e nos circuladores de ar”, aconselha Eliane Alfani, pneumologista infantil do Hospital São Luiz. As telas são as mais indicadas para lactantes e para os bebês menores de 6 meses. Existem modelos que vêm com permetrina, uma medicação usada para espantar parasitoses em humanos, como piolhos, e que funciona também como repelente. “Mas é importante que a criança não entre em contato com a substância, por isso é indicado usá-la em proteções de janelas, jamais no berço”, explica a pediatra e alergista Alessandra Miramonte, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. Quem opta pelo seu uso deve atentar também para a sua limpeza, já que a poeira acumulada pode desencadear reações alérgicas. 

Inseticidas em spray
Os inseticidas em aerossol matam os mosquitos que já estejam no local e têm ação imediata, porém por um curto espaço de tempo. Por isso, eles apresentam um grau maior de toxicidade. De acordo com o último trabalho na área publicado pelo Instituto da Criança, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, a maior parte desses produtos tem seu uso recomendado apenas para crianças acima de 2 anos. Isso porque não existem estudos mostrando seus efeitos nos pequenos.

De qualquer forma, para a maioria dos pediatras, essa não é uma boa opção para quem tem bebês em casa. “Não indico para quem tem filhos de até 12 anos. Já estipulo isso como regra porque esses inseticidas atingem as vias respiratórias”, afirma a pneumologista Eliane Alfani. “Os produtos em spray costumam ter álcool na composição. Além de serem tóxicos e fortes, podem não só irritar o nariz e a garganta como também causar reações nos olhos, como a conjuntivite”, lembra a alergista Alessandra Miramonte. 

Inseticidas de tomada
Os inseticidas de tomada, líquidos ou em pastilhas, são um caso controverso. Quando a criança em questão é asmática ou alérgica, eles são contraindicados. “Peço para todos evitarem. Em último caso, quando as barreiras físicas não conseguem controlar os mosquitos, os pais podem usar”, defende Eliane Alfani. Se a mãe testou e viu que a criança não apresentou nenhuma reação, o uso está permitido. Mas nada de colocar o inseticida em uma tomada próxima ao berço do bebê.

Repelentes em creme, gel ou aerosol
O uso de repelentes tópicos para a proteção individual exige atenção. “A primeira coisa que os pais devem considerar é que o produto deve ter uma composição específica para crianças e ser hipoalergênico”, avisa a alergista Alessandra Miramonte. Porém, antes de besuntar seu filho com um creme, é preciso testar o produto num pequeno trecho da pele. Se nada acontecer, espalhe uma quantidade generosa e de forma homogênea, sempre nas áreas expostas da criança e nunca sob a roupa, evitando, claro, o contato com as mucosas (olhos e boca). E ainda que tenham uma aceitação maior pela comunidade médica, não é indicado que a criança durma com esses repelentes. Alessandra completa: “Até o momento, não são indicados também para bebês menores de 6 meses”.

A versão em spray aerossol dos repelentes é desaconselhada mais uma vez. “A criança pode ter alergias respiratórias. Esses produtos atingem com facilidade as narinas e a boca”, explica Eliane Alfani. 

Soluções naturais
A pneumologista Eliane Alfani é defensora das soluções naturais, como a citronela, para salvar os bebês das muriçocas. “Essas formulações costumam trazer ótimos resultados e nenhuma reação alérgica. Basta uma gotinha no óleo infantil e pronto”, aconselha.

Os incensos e as velas com essências, por sua vez, não são nocivos, mas têm um efeito repelente muito suave e muitas vezes não controlam as infestações.

Fontes: Eliane Alfani, pneumologista infantil do Hospital São Luiz; Alessandra Miramonte, pediatra e alergista do Hospital Sabará, José Gabel, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Associação Paulista de Pediatria, e estudo anual (2009) do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 

Arquivo site Bebê Abril

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